quarta-feira, maio 13, 2009

"Xiguero" - A night em Sampa

por Isadora

Tudo começou com uma reunião em Sampa num fornecedor que eu tinha que ir. A Fabi, minha comparsa-mor, tinha que estar por lá também por outro motivo. Consegui marcar a minha reunião pra uma sexta-feira e remarquei a volta pro domingo. Assim a gente poderia curtir o finde por Sampa.

A reunião rolou tranquila e o dono, muito gentil, comentou com um dos sócios – o Felipe - sobre a minha intenção de pegar uma night e perguntou se ele não queria nos acompanhar. Eu nem conhecia o cara que, diga-se de passagem, era um garoto de uns 25 anos, mais novo do que eu e ainda por cima metido, mas como eu não tinha nada a perder mesmo, trocamos os telefones e fui pra casa da tia da Fabi onde seria o nosso QG em Sampa.

Mais tarde, falei com o Felipe ao telefone e ele não demonstrou qualquer interesse em ir nos buscar (ok, hein?!!!). Eu e Fabi nos arrumamos e fomos pro local marcado. Uma fila gigante e nada do garotão metido. Chegou meia-hora depois. Usava um gel no cabelo que aumentava a altura dele no mínimo em 5 cm...hehe.
Levou com ele dois amigos do Rio: o Zé e o Pedro. Este último que eu já conhecia de outros carnavais profissionais no Rio. Eu simplesmente não ia com a cara do sujeito de jeito nenhum, mas definitivamente a recíproca era verdadeira...rs

O Felipe com aquela pinta toda, achou que era o dono da noite mas não conseguiu colocar a gente pra dentro da tal “balada” lotada. Resolvemos ir numa outra que ficava ali perto e que não tinha fila. Entramos no lugar e logo os 3 meninos desapareceram. Acho que não demorou nem 1 minuto. Fiquei meio chocada mas, como já tava de implicância, deixei rolar. A música também não era das minhas favoritas, mas tudo bem: eu tava em Sampa com a minha melhor amiga e tinha que aproveitar. É claro que isso envolvia caipis. Foram duas seguidas pra abstrair e começar a curtir. No final da segunda, os meninos reapareceram e ficaram dançando com a gente. Cada hora que um deles ia no bar, trazia bebida pra gente. Eu não tava entendendo mas tava aproveitando... hehehe. Lá pras tantas, as meninas do bar subiram no balcão bem ao estilo coyote girls. A Fabi que sempre gostou dessas coisas, enlouqueceu e eu, a esta hora, já estava vendo estrelinhas...hehehehehehe.

É incrível o que a bebida não faz. Estávamos todos lá dançando e, estudando com mais calma o ambiente, comecei a me interessar pelo Felipe! É claro que minha primeira reação foi “trocar figurinha” com a Fabi pra saber se havia o interesse nele também. Ufa, ela tava a fim do Zé. Segui com minha tática com medo de levar um fora: perguntei pro Zé “você sabe se o Felipe tá a fim da Fabi?”. Ele respondeu “Não sei, mas posso perguntar”. Daí eu retruquei “Não. Na verdade quem tá a fim do Felipe sou eu e a Fabi tá a fim de você”. Sinceramente não me lembro quem beijou quem, mas sei que em pouco tempo eu tava me atracando com o Felipe e a Fabi com o Zé. Não me lembro se o Pedro arrumou um 3º elemento.... rs

A noite passou num piscar de olhos e fomos expulsos quando acabou a música. Enquanto estávamos na fila eu e Felipe conversavamos em espanhol enlouquecidamente. Vai entender...aliás, acho que nem a gente se entendia, mas isso não era o importante naquele momento. Rs. Eu nunca tinha sido tão fluente assim no espanhol... hehehehehe

Fomos pegar o carro do Felipe e por alguma razão o Pedro enfiou a cabeça na água de um chafariz. O Felipe repetia pra mim “xiguero”, “ xiguero” que no dialeto alcoólico significa “te quero” hehehe. Ele não tinha a mínima condição de dirigir. O Pedro se ofereceu. A Fabi foi ao lado no banco da frente desesperada com as barbeiragens dele. No banco de trás, eu e Zé nos acabávamos de tanto rir, enquanto o Felipe repetia o tal “xiguero”. Deixaram a gente em casa e só Deus sabe como eles chegaram na casa do Felipe.

No dia seguinte, eu e Fabi passamos o dia lembrando e rindo da noite anterior. Com certeza, foi uma das noites mais divertidas de toda a minha vida. Reencontrei o Zé e o Pedro várias vezes no Rio até por conta de trabalho. Ficamos amigos e passamos outras situações super engraçadas, mas que ficam pra eu contar em outras ocasiões.

Um comentário:

  1. Nao comentou se a imagem ruim do Zé tinha ido embora ou ainda continuava.

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