domingo, abril 26, 2009

Meu conto de fadas Paraguaio...ops...Chileno

por Isoca
Destino definido! Oba!!! Fabi e eu arrumamos as malas rumo à Santiago do Chile. Seriam 6 dias no início de junho. Não dava pra esquiar, mas o importante era simplesmente aproveitar a nossa amizade e companhia, já que a Fabi não tava mais morando no Rio e eu não tinha no dia-a-dia a minha maior cúmplice por perto.

Era época de apagão aéreo, mas o dólar tava baixo e as passagens baratas. Chegamos no Galeão prum vôo que sairia as 9:00 mas que na realidade acabou saindo com 2 horas de atraso. Mas isso não importava, tudo era festa. E nesse tempinho de espera fizemos de tudo. Passamos no free shop (sem comprar nada), comemos e ficamos passeando e conversando por lá.

Eis que num momento de total descontração, simplesmente adentra à nossa vista um loirão alto, olhos verdes claros, pullover vermelho, com muita cara de alemão e lindo. Definitivamente ele não passava despercebido. Acho que ficamos com cara de cachorro na frente de açougue...rs

Ficamos sentadas de costas para ele e seus amigos. Costa com costa. Bem pertinho. E ficamos brincando tirando fotos dele fingindo que não eram dele... rs
E quando entramos no avião, não pudemos acreditar que o loirão tava na poltrona exatamente na minha frente. Eu realmente não consigo acreditar que exista coincidencia desse nível... Tivemos que tirar mais fotos fingindo que não eram dele...rs

Nossa escala em Sampa se tornou uma conexão e, nessa troca de aviões, eles brincaram com a gente. Daí começamos a conversar. Ele, muito prestativo, se ofereceu pra ser nosso guia local em Santiago. Sim, ele era um Chileno, ainda que tivesse uma mega cara de alemão!!!!!

No próprio dia que chegamos, saímos com ele para uma chopperia bem tradicional de Santiago. Um lugar bem bacana. No 2º dia não conseguimos nos comunicar. Por incrível que pareça, ligar no Chile é meio complicado...rs. No 3º dia nos encontramos e ele nos levou a um lugar que tinha um cantor de boleros (eu, super brega declarada, claro que sabia cantar quase todos e ainda pedi um específico...hehehe) e depois fomos à Bella Vista, bairro dos artistas. Passeamos e acabamos em um lugar com show de Jazz.

Não conseguíamos identificar se ele estava interessado em uma das duas, mas a Fabi, sempre tentando arrumar namorados pras amigas, pegou a maquina fotografica e falou “eu vou lá fora tirar umas fotos e vou demorar MUITO pra voltar, entenderam?”.
Ficamos os 2 ali imóveis um ao lado do outro como já estávamos, olhando pra parede: sem assunto e sem coragem. Depois de 10 minutos e poucas palavras trocadas resolvi que tinha que tomar coragem pra chamá-lo para sair.
O meu coração já estava super hiper mega disparado neste momento. E pra piorar avistei a Fabi adentrando no bar novamente. E eu ainda não tinha conseguido. Ah não, desistir sem tentar, jamais!!!! Esbaforidamente usando o meu portunhol cheio de charme, chamei o gatão pra sair.

Ele aceitou! Ufa! Senti várias coisas nesse momento: felicidade junto com meu coração histérico, meu rosto queimando de emoção e minhas mãos geladas de stress.
O resto da noite passou e fomos embora. Quando o taxi parou no hotel, chamei ele pra descer e lá pras tantas tomei a iniciativa e tasquei um beijo no moço...rs

No dia seguinte, eu estava bastante tímida, mas saí com ele sozinha, pois a Fabi tinha outro compromisso. E então chegou o fim de semana e viajamos todos nós pra Valparaíso e Viña del Mar. Lá, ele me pediu em pololeo (namoro) e é claro que eu disse que sim, sem saber direito como seria isso, mas menos de um mes depois ele já estava no Rio me visitando. E assim seguimos namorando por 1 ano e 4 meses, ele morando no Chile e eu aqui no Rio. Nos vimos muitas vezes e todas super intensas pois ficávamos o dia inteiro juntos.

Como posso dizer depois disso tudo que não deu certo? Como já disse Vinícius foi infinito enquanto durou. E independente de tudo, sinto saudade do Chile e da boa companhia do loirão até hoje. Bom poder guardar esses bons momentos.
 

Solteira no Rio de janeiro